O coração gasta-se.

"Quando olho a tua pele, com a cor do espanto, quando olho a tua boca, com a forma do desejo, e os teus olhos de leito que se fecham comigo a pesar-te em cima, quando olho a tua figura elegante e ligeiramente melancólica como o início do Outono, da ideia do Outono, quando os teus vestidos permitem que me deleite e me perca na perfeição das tuas pernas, quando as tuas pernas ao moverem-se sublinham a luxúria das tuas nádegas e das tuas ancas sob os tecidos, quando enfim te vejo chegar, sei que não me pertenço."
in O coração gasta-se.

Cicatriz.

 [Fotografia: Linda Bartlett, 1980]

Wikipédia:
"A cicatriz é o resultado de uma lesão da derme, geralmente em consequência de um acidente ou de uma incisão efectuada durante uma cirurgia.
A cicatriz se forma depois de um tempo após o corte; se o corte for de pequenas dimensões, a cicatriz dura poucos dias; se for grave, porém, a cicatriz pode durar a vida inteira.
A cicatrização alivia a dor do corte, pois a pele se fecha novamente e só fica a marca."

E eu, que de dermes e afins percebo muito pouco, digo: Uma cicatriz é muito mais do que uma lesão na derme.

Sinuoso.

[Fotografia original publicada na revista Mutante . Espaço]

A pele tem memória de elefante.

À procura do arco-íris.

Este é o meu corpo.

"Todas as mortes são violentas. Sobretudo para os que cá ficam.
De repente, aquele corpo transforma-se noutra coisa que já não nos pertence, que não conseguimos atingir. 
A pele adquire uma estranha qualidade de transparência.
Torna-se translúcida, como se tivesse sido lavada, esfregada, esticada até ao limite. Evitamos tocar-lhe para que o feitiço não se quebre e limitamo-nos a olhá-la de longe, com uma certa inveja daquela aura limpa que a envolve. Afinal, a morte é como as limpezas de Primavera ou de Outono: organizada e, sobretudo, purificadora."
in Este é o Meu Corpo, Filipa Melo. 1ª Edição: Outubro 2001.

Trabalhos manuais.

[Fotografia: Scott Stulberg]

La piel que habito.

Também habitamos pele. Ainda não vi o filme (shame on me) e estava à espera de o ver antes de colocar o post… mas o HN deu-me a deixa no post anterior :)

[Então ainda não estreou? E eu que pensava que estava a falhar… pelos vistos ando baralhada com as datas.]

Paredes.

[Trabalho e Fotografia: Vhils]
Porque os sítios que habito também têm pele.

Por todas as razões…

e porque não há beijo sem pele.
[Não falo de beijinhos, bjs, bj ou iarrrrg bjinho. 
Não gosto de truncar palavras que significam tanto]

It´s cold outside.

[Fotografia: Sandra Afonso]

Really not enough.

Quem não quer ser lobo…

Camaleões.

[Fotografia: Michael Nichols | National Geographic]

Ontem, em conversa noite dentro, surgiu a ideia das pessoas que querem passar despercebidas, apenas para não terem enfrentar problemas. 
Assim podiam, a qualquer momento, e quase instantaneamente homogeneizar-se com uma parede, um sofá, uma árvore, e mudar de aparência. 
No entanto, para mim, as mais perigosas são as que têm a capacidade de mudar comportamentos, consoante o ambiente que integram. Nunca ouviram dizer que as aparências iludem?

Não queria estar na tua pele.

1. Gosto particularmente da minha pele.
2. Não gosto da tua pele.
3. Preferia estar na pele de outra pessoa qualquer.
4. Vais ter um dia de m*rda.
5. Outra opção. Específique qual.

The fortune teller told me lies.

[Fotografia: Sandra Afonso]

Alimento.

[Fotografia: Bob Sacha | Corbis]

Há quem insista em se alimentar de nós. Sem darmos por nada temos, em casa, convidados novos a cada 19 dias. Gel de banho? Pasta dos dentes? Uma toalha? Não queremos que vos falte nada.

Chamam-lhes seres inanimados.

[Fotografia: Sandra Afonso]

Untitled post.